Cai Neve: #CarinhoParaComOFunicular
Funi, fnnii, fniclar. Funi-colar. É realmente uma palavra engraçada. E o próprio machimbombo é caricato. É um gênero de nave espacial dos pobres. Um space-x de subir ruas íngremes.
Este meio de transporte tem sido, desde sempre, relegado à segunda categoria. Não tem a ele associado o sentido de perigo e aventura de um avião, nem a praticidade de um automóvel. É, no fundo, uma cadeira elevatória para idosos que partiram a bacia, em ponto grande.
Não se vêm modelistas a construir intrincados percursos de funicular nem há voltas ao mundo de funicular. É o cruzamento infértil entre o elevador e o comboio.
Com esta reputação sombria, é difícil
arranjar argumentos que ponham as pessoas no modo "#carinhoparacomofunicular". Mas pensem bem, quantas vezes o funicular já vos salvou o dia? Daquela vez em que estavam a mostrar a cidade aos vossos familiares franceses e a vossa cunhada torce um pé por insistir em usar saltos altos em plena calçada. O funicular estava lá para vos levar aquele ponto turístico que vocês já não podem ver mais mas que, enfim, tem de estar incluído na rota turística.
E deve ter sido só aí, de resto sobem a rua, né? Não vão pagar 2 euros para andar 200m.