Cai Neve: Negócios na restauração
A cena fixe dos mosteiros é terem mesas de matraquilhos.
Tenho uma ideia de negócio. Há tantos tipos de restaurantes diferentes, quase que existe um para cada gosto. Dos snack-bars às pizzarias, dos macrobióticos aos rodízios. Mas há um nicho de mercado por explorar. O dos canibais. Onde é que esta gente vai jantar fora? Não há um espacinho para eles. A minha ideia é fazer um restaurante para canibais.
“Ai e onde é que arranjas pessoas para comer?” perguntam vocês.
Pois bem, aí é que está a genialidade deste negócio. Só preciso de tratar de arranjar matéria prima para a primeira refeição. Depois disso, o negócio sustenta-se a si próprio. Transformo os clientes de um dia nas refeições do dia seguinte. Reduzo os custos ao mínimo e, ao mesmo tempo, faço serviço público, pois diminuo o número de canibais que andam para aí. Não tem como falhar.
Epá... isto é empreendimento para precisar de capital inicial. Senhores espectadores, se quiserem enveredar por este ramo de negócio, falem comigo e combinamos uma reunião para discutir sociedade. Juntamo-nos e discutimos percentagens. E, se não se importarem, façam uma alimentação à base de proteína e cereais na semana anterior.
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